Desenvolvimento de farofa com natto (soja fermentada) rica em vitamina K2 como potencial auxiliar na prevenção e tratamento da osteoporose nas mulheres em pós-menopausa
DOI:
https://doi.org/10.58951/fstoday.2024.009Palavras-chave:
Osteoporose, Pós-menopausa, Vitamina K2, Farofa enriquecida com natto, soja fermentadaResumo
A osteoporose é uma doença comum em pessoas com mais de 50 anos, especialmente em mulheres pós-menopáusicas, caracterizada por aumento da fragilidade óssea e associada a fraturas, resultando em alta morbimortalidade. A vitamina K2 desempenha um papel crucial no metabolismo do cálcio, ativando proteínas como osteocalcina e proteína Gla da matriz, que removem o cálcio de locais inadequados e o direcionam para os ossos, auxiliando na prevenção e tratamento da osteoporose. Embora a suplementação com cálcio e vitamina D seja comum, estudos mostram que essa prática pode aumentar o risco de aterosclerose devido à calcificação arterial. Em contraste, a vitamina K2 reduz esse risco e promove a saúde óssea. Estudos clínicos, demonstraram que a suplementação de vitamina K2 melhora a densidade mineral óssea e reduz o risco de fraturas. A principal fonte alimentar de vitamina K2 é o natto, um alimento asiático feito de grãos de soja fermentados por Bacillus subtilis natto, que produz grandes quantidades de vitamina K2, mas suas características sensoriais limitam seu consumo. Este estudo desenvolveu uma farofa de natto enriquecida com vitamina K2, visando introduzir esse nutriente na dieta brasileira. A farofa oferece aproximadamente 91,49 µg de vitamina K2 por porção, contribuindo significativamente para a saúde óssea. Além disso, a vitamina K2 também oferece benefícios adicionais, como a proteção contra doenças cardiovasculares e neurodegenerativas. Assim, a farofa de natto surge como uma alternativa inovadora para melhorar a ingestão de vitamina K2, potencialmente reduzindo a prevalência de osteoporose e promovendo a saúde pública.
.
Referências
Akbulut, A. C., Pavlic, A., Petsophonsakul, P., Halder, M., Maresz, K., Kramann, R., & Schurgers, L. (2020). Vitamin K2 needs an RDI separate from vitamin K1. Nutrients, 12(6), 1–13. https://doi.org/10.3390/nu12061852
Chiodini, I., & Bolland, M. J. (2018). Calcium supplementation in osteoporosis: Useful or harmful? European Journal of Endocrinology, 178(4), D13–D25. https://doi.org/10.1530/EJE-18-0113
Coelho, V. A. T., Souza, C. G. de, Nascimento, E. de S., Lacerda, L. G., & Cardoso, P. A. (2020). Caracterização de sintomas e crescimento em Abobrinha Italiana (Cucurbita pepo L.) sob carencia de micronutrientes. Research, Society and Development, 9(3), e34932359. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i3.2359
Dias, L. T., & Leonel, M. (2006). Caracterização físico-química de farinhas de mandioca de diferentes localidades do Brasil. Ciência e Agrotecnologia, 30(4), 692–700. https://doi.org/10.1590/s1413-70542006000400015
Elder, S. J., Haytowitz, D. B., Howe, J., Peterson, J. W., & Booth, S. L. (2006). Vitamin K contents of meat, dairy, and fast food in the U.S. diet. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 54(2), 463–467. https://doi.org/10.1021/jf052400h
Embrapa. (2020). A história da cenoura. Embrapa Hortaliças. https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/49845405/a-historia-da-cenoura
Ferland, G. (2012). The discovery of vitamin k and its clinical applications. Annals of Nutrition and Metabolism, 61(3), 213–218. https://doi.org/10.1159/000343108
Fernandes, C. dos S. (2019). Formas de nitrogênio como atenuadores do estresse salino em plantas de abobrinha. 67 p. Dissertação (Mestrado em Manejo de Solo e Água), Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN. https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/1073
Fernandes, T. R. L., Oliveira, J. B., Lorencete, T. V., & Amadei, J. L. (2015). Fatores associados à osteoporose em mulheres na pós-menopausa. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, 36(1), 93–106. http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/21035
Geleijnse, J. M., Vermeer, C., Grobbee, D. E., Schurgers, L. J., Knapen, M. H. J., van der Meer, I. M., Hofman, A., & Witteman, J. C. M. (2004). Dietary Intake of Menaquinone Is Associated with a Reduced Risk of Coronary Heart Disease: The Rotterdam Study. The Journal of Nutrition, 134(11), 3100–3105. https://doi.org/10.1093/jn/134.11.3100
Gettens, C. S. (2016). Propriedades funcionais, nutricionais e atividade antimicrobiana de subprodutos agroindustriais de pêssego e sua aplicação em cookies. Dissertação (Mestrado em nutrição), Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS. https://wp.ufpel.edu.br/ppgna/files/2016/02/Cristina-Gettens.pdf
Giri, T. K., Newton, D., Chaudhary, O., Deych, E., Napoli, N., Villareal, R., Diemer, K., E Milligan, P., & Gage, B. F. (2020). Maximal dose-response of vitamin-K2 (menaquinone-4) on undercarboxylated osteocalcin in women with osteoporosis. International Journal for Vitamin and Nutrition Research, 90(1–2), 42–48. https://doi.org/10.1024/0300-9831/a000554
Hsu, R. L., Lee, K. T., Wang, J. H., Lee, L. Y. L., & Chen, R. P. Y. (2009). Amyloid-degrading ability of nattokinase from Bacillus subtilis natto. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 57(2), 503–508. https://doi.org/10.1021/jf803072r
Huang, Z.-B., Wan, S.-L., Lu, Y.-J., Ning, L., Liu, C., & Fan, S.-W. (2015). Does vitamin K2 play a role in the prevention and treatment of osteoporosis for postmenopausal women: a meta-analysis of randomized controlled trials. Osteoporosis International, 26(3), 1175–1186. https://doi.org/10.1007/s00198-014-2989-6
Inaba, N., Sato, T., & Yamashita, T. (2015). Low-dose daily intake of vitamin K2 (menaquinone-7) improves osteocalcin γ-carboxylation: A double-blind, randomized controlled trials. Journal of Nutritional Science and Vitaminology, 61(6), 471–480. https://doi.org/10.3177/jnsv.61.471
Iwamoto, J. (2014). Vitamin K2 Therapy for Postmenopausal Osteoporosis. Nutrients, 6(5), 1971–1980. https://doi.org/10.3390/nu6051971
Jakubowski, P., Smyk, Ł., Puchała, Ł., & Białkowska, J. (2019). Current view on vitamin K2 role in diseases based on clinical trials. Farmacia, 67(4), 551–556. https://doi.org/10.31925/farmacia.2019.4.1
Klack, K., & Carvalho, J. F. de. (2006). Vitamina K: Metabolismo, fontes e interação com o anticoagulante varfarina. Revista Brasileira de Reumatologia, 46(6), 398–406. https://doi.org/10.1590/S0482-50042006000600007
Knapen, M. H. J., Schurgers, L. J., & Vermeer, C. (2007). Vitamin K2 supplementation improves hip bone geometry and bone strength indices in postmenopausal women. Osteoporosis International, 18(7), 963–972. https://doi.org/10.1007/s00198-007-0337-9
Koitaya, N., Sekiguchi, M., Tousen, Y., Nishide, Y., Morita, A., Yamauchi, J., Gando, Y., Miyachi, M., Aoki, M., Komatsu, M., Watanabe, F., Morishita, K., & Ishimi, Y. (2014). Low-dose vitamin K2 (MK-4) supplementation for 12 months improves bone metabolism and prevents forearm bone loss in postmenopausal Japanese women. Journal of Bone and Mineral Metabolism, 32(2), 142–150. https://doi.org/10.1007/s00774-013-0472-7
Kojima, A. et al. (2019). Natto Intake is Inversely Associated with Osteoporotic Fracture Risk in Postmenopausal Japanese Women. The Journal Of Nutrition, 3, 599-605. https://academic.oup.com/jn/article-abstract/150/3/599/5673201?redirectedFrom=fulltext
Maresz, K. (2015). Proper calcium use: Vitamin K2 as a promoter of bone and cardiovascular health. Integrative Medicine (Boulder), 14(1), 34–39.
Rheaume-Bleue, K. (2017). A Vitamina K2 e o Paradoxo do Cálcio (1st ed.). Editora Laszlo.
Rodrigues, J. (2017). “De farinha, bendito seja Deus, estamos por agora muito bem”: Uma história da mandioca em perspectiva atlântica. Revista Brasileira de Historia, 37(75), 69–95. https://doi.org/10.1590/1806-93472017v37n75-03
Silva, A. C. B., Schuquel, L. C. D. S., Da Silva, C. O., & Pascoal, G. B. (2016). Qualidade nutricional e físico-química em cenoura (Daucus carota L.) in natura e minimamente processada. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, 11(2). https://doi.org/10.12957/demetra.2016.19491
Villa, J. K. D., Diaz, M. A. N., Pizziolo, V. R., & Martino, H. S. D. (2017). Effect of vitamin K in bone metabolism and vascular calcification: A review of mechanisms of action and evidences. Critical Reviews in Food Science and Nutrition, 57(18), 3959–3970. https://doi.org/10.1080/10408398.2016.1211616
Yuanyang, G., Runlin, X., Bo, X., Donghua, F., & Jun, M. (2019). Effect of vitamin K2 on bone mineral density and serum cathepsin K in female osteoporosis patients. Tropical Journal of Pharmaceutical Research, 18(1), 181–185. https://doi.org/10.4314/tjpr.v18i1.27
Zhang, Y., Liu, Z., Duan, L., Ji, Y., Yang, S., Zhang, Y., Li, H., Wang, Y., Wang, P., Chen, J., & Li, Y. (2020). Effect of low-dose vitamin K2 supplementation on bone mineral density in middle-aged and elderly chinese: a randomized controlled study. Calcified Tissue International, 106(5), 476–485. https://doi.org/10.1007/s00223-020-00669-4
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Anelisa Doretto Freitas Furlan, Amanda Soares Amaral, Fernanda Aparecida Tadin Nagashima, Giovana de Souza Santana, Caline Nogueira Inácio dos Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Esta revista publica seus artigos em Acesso Aberto sob licença Creative Commons (CC BY 4.0).
Você é livre para:
Compartilhar — copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato para qualquer finalidade, inclusive comercial.
Adaptar – remixar, transformar e desenvolver o material para qualquer finalidade, até mesmo comercial.
O licenciante não pode revogar essas liberdades desde que você siga os termos da licença.
Nos seguintes termos:
Atribuição — Você deve dar o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se foram feitas alterações. Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de forma que sugira que o licenciante endossa você ou seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos legais ou medidas tecnológicas que restrinjam legalmente outras pessoas de fazerem qualquer coisa que a licença permita.
Avisos:
Você não precisa cumprir a licença para elementos do material de domínio público ou onde seu uso for permitido por uma exceção ou limitação aplicável.
Nenhuma garantia é dada. A licença pode não conceder todas as permissões necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, como publicidade, privacidade ou direitos morais, podem limitar a forma como você utiliza o material.