Pneumonite de hipersensibilidade em criadores de aves e suas abordagens para diagnóstico, tratamento e prevenção
DOI:
https://doi.org/10.58951/dataset.2024.022Palavras-chave:
Pneumonite de hipersensibilidade, Fibrose pulmonar, Doenças das aves domésticasResumo
A pneumonite de hipersensibilidade (PH) é uma inflamação conhecida como alveolite alérgica extrínseca, que pode evoluir para fibrose pulmonar (FP), resultando de uma reação imunológica à inalação de antígenos como fungos, mofo e proteínas animais, frequentemente presentes em aves. A PH pode ser classificada em três formas: aguda, com sintomas que surgem poucas horas após a exposição; subaguda, quando os sintomas aparecem após semanas; e crônica, que pode evoluir para FP com a exposição contínua. Este estudo visa conscientizar sobre os riscos de criar pássaros em ambientes fechados. Para isso, foram revisados artigos nas bases de dados SciELO e PubMed, com foco nos mais relevantes. Estudos indicam que a PH é responsável por 80% dos casos de FP no Brasil, afetando entre 3% e 13% dos pacientes com doenças pulmonares intersticiais, com uma estimativa de que dez mil brasileiros sofram da doença, sendo a exposição às aves uma das principais causas. Os sintomas incluem tosse, falta de ar e dores no peito, que podem agravar-se com o tempo e limitar atividades diárias. Contudo, nem todos que mantêm aves desenvolvem a doença, pois isso depende de uma reação imunológica anormal. O controle ambiental e o afastamento do antígeno são considerados fundamentais para o tratamento, além de corticosteroides na fase aguda e antifibróticos podendo ser preciso até mesmo oxigenioterapia na fase crônica, sendo o transplante pulmonar indicado em casos graves. Conclui-se que, embora a PH tenha início silencioso, seu desenvolvimento pode ser grave, reforçando a necessidade de medidas preventivas para evitar a progressão da doença.
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