Introdução da alimentação complementar: análise das práticas e fatores que influenciam as decisões parentais
DOI:
https://doi.org/10.58951/dataset.2023.48Palavras-chave:
Alimentação complementar, Amamentação, Nutrição infantilResumo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as mães amamentem exclusivamente seus bebês nos primeiros seis meses para alcançar um crescimento e desenvolvimento ótimos. Além disso, as crianças devem receber alimentos complementares nutritivos e continuar sendo amamentadas até os dois anos de idade ou mais. Vários fatores ainda influenciam significativamente a introdução da alimentação complementar (IAC). Portanto, esta pesquisa teve como objetivo analisar se os pais realizam a IAC apropriada para seus filhos. Este levantamento utilizou um questionário preparado via Google Forms®, com 58 participantes, 100% mulheres com uma média de 28 anos de idade. O aleitamento materno exclusivo (AME) até o sexto mês foi relatado por 51,7% das entrevistadas. Com base nas características alimentares, 69% começaram a introduzir alimentos aos seis meses de idade. Em relação à IAC precoce, a fórmula infantil foi o alimento mais oferecido (36,2%). Alimentos como biscoitos, bolachas recheadas, açúcar, suco de frutas e leite de vaca foram oferecidos precocemente a crianças com menos de 24 meses. A falta de informação, o fator econômico, o tempo relacionado ao trabalho e a praticidade foram os fatores que interferiram na introdução de alimentos às crianças. Destaca-se a importância dos nutricionistas profissionais na conscientização dos pais, transmitindo confiança e visando a uma introdução adequada de alimentos complementares.
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