Explorando intervenções fisioterapêuticas para disfunções sexuais femininas e fortalecendo a saúde e autonomia das mulheres. Uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.58951/dataset.2023.60Palavras-chave:
Disfunção sexual fisiológica, Fisioterapia, Incontinência Urinária, Vaginismo, DispareuniaResumo
A disfunção sexual pode ser definida como um distúrbio na resposta sexual, que pode se manifestar de várias formas e está relacionada à falta ou diminuição da resposta em um dos domínios da resposta sexual: excitação, plateau, orgasmo e resolução. Esses problemas podem estar correlacionados a alterações anatômicas, patológicas ou psicológicas. Este estudo tem como objetivo discutir intervenções fisioterapêuticas em disfunções sexuais, compreender como elas ocorrem e compreender a anatomia feminina e as alterações causadas por disfunções sexuais. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura entre fevereiro e junho de 2022, utilizando descritores como "disfunção sexual", "saúde da mulher", "intervenções fisioterapêuticas", "vaginismo", "anorgasmia", "dispareunia", "incontinência urinária" e "vulvodínia" em português e inglês. Foram incluídos estudos de 2012 a 2020, excluindo trabalhos clássicos anteriores a 2022, das bases de dados LILACS, MEDLINE/PubMed e SciELO. A fisioterapia oferece recursos simples e econômicos que têm se mostrado eficazes no tratamento dessas disfunções. A maioria das disfunções sexuais é causada por alterações hipotônicas e hipertônicas nos músculos do assoalho pélvico, e os fisioterapeutas utilizam várias técnicas para tratar a dor causada por essas disfunções. Uma equipe multidisciplinar é essencial no cuidado de mulheres com disfunções sexuais, e uma abordagem biopsicossocial é crucial para uma resposta positiva ao tratamento. Portanto, observa-se que os fisioterapeutas participam ativamente do processo de reabilitação, fornecendo recursos simples e eficientes com o objetivo de restaurar a função sexual e melhorar a qualidade de vida dessas mulheres.
Referências
Araújo, I. M. M. de, Monteiro, T. J. L., & Siqueira, M. L. F. (2021). Terapêuticas não farmacológicas para disfunções sexuais dolorosas em mulheres: revisão integrativa. Brazilian Journal of Pain, 4(3), 239–244. https://doi.org/10.5935/2595-0118.20210036
Araújo, S. L., & Zazula, R. (2015). Sexualidade na terceira idade e terapia comportamental: revisão integrativa. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, 12(2). https://doi.org/10.5335/rbceh.v12i2.5054
Barreto, K. L., Mesquita, Y. A., Santos Junior, F. F. U., & Gameiro, M. O. (2018a). Treinamento da força muscular do assoalho pélvico e os seus efeitos nas disfunções sexuais femininas. Motricidade, 14(1), 424–427.
Barreto, A. P. P., Nogueira, A., Teixeira, B., Brasil, C., Lemos, A., & Lôrdelo, P. (2018b). O impacto da disfunção sexual na qualidade de vida feminina: um estudo observacional. Revista Pesquisa em Fisioterapia, 8(4), 511–517. https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v8i4.2159
Batista, M. C. S. (2017). Fisioterapia como parte da equipe interdisciplinar no tratamento das disfunções sexuais femininas. Diagn Tratamento, 22(2), 83–87.
Berghmans, B. (2018). Physiotherapy for pelvic pain and female sexual dysfunction: an untapped resource. International Urogynecology Journal, 29(5), 631–638. https://doi.org/10.1007/s00192-017-3536-8
Costa, A. K. S. da. (2018). Hipersexualização frente ao empoderamento: a objetificação do corpo feminino evidenciada. In Anais do VII Seminário de Gênero e Sexualidade, 68-70. https://7seminario.furg.br/images/arquivo/338.pdf
Delgado, A. M., Ferreira, I. S. V., & Sousa, M. A. de. (2014). Recursos fisioterapêuticos utilizados no tratamento das disfunções sexuais femininas. Catassuba, 4(1), 47–56.
Garcia, B. M., Coutinho, C. H. D., Tolentino, C. C., Coelho, D. S., Leite, F. de A. D., Coelho, F. S., Santos, G. M. M., Soares, G. S., Duarte, M. H., & Rosa, V. O. M. (2022). Abordagem médica na disfunção sexual feminina. Revista Eletrônica Acervo Médico, 2, e8840. https://doi.org/10.25248/reamed.e8840.2022
Ghaderi, F., Bastani, P., Hajebrahimi, S., Jafarabadi, M. A., & Berghmans, B. (2019). Pelvic floor rehabilitation in the treatment of women with dyspareunia: a randomized controlled clinical trial. International Urogynecology Journal, 30(11), 1849–1855. https://doi.org/10.1007/s00192-019-04019-3
Hagen, S., Elders, A., Stratton, S., Sergenson, N., Bugge, C., Dean, S., Hay-Smith, J., Kilonzo, M., Dimitrova, M., Abdel-Fattah, M., Agur, W., Booth, J., Glazener, C., Guerrero, K., McDonald, A., Norrie, J., Williams, L. R., & McClurg, D. (2020). Effectiveness of pelvic floor muscle training with and without electromyographic biofeedback for urinary incontinence in women: Multicentre randomised controlled trial. The BMJ, 371. https://doi.org/10.1136/bmj.m3719
Lara, L. A. da S., Scalco, S. C. P., Troncon, J. K., & Lopes, G. P. (2017). Modelo para abordagem das disfunções sexuais femininas. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 39(4), 184–194. https://doi.org/10.1055/s-0037-1601435
Latorre, G. F. S., Manfredini, C. C., Demeterco, P. S., Barreto, V. M. N. F., & Feio Carneiro Nunes, E. (2015). A fisioterapia pélvica no tratamento da vulvodínia: revisão sistemática. Femina, 43(6), 257–264.
Santos, C. S., & Silveira, L. M. C. da. (2017). Percepções de mulheres que vivenciaram o aborto sobre autonomia do corpo feminino. Psicologia: Ciência e Profissão, 37(2), 304–317. https://doi.org/10.1590/1982-3703000582016
Siqueira, C. B. de, & Bussinguer, E. C. de A. (2020). As ondas do feminismo e seu impacto no mercado de trabalho da mulher. Revista Thesis Juris, 9(1), 145–166. https://doi.org/10.5585/rtj.v9i1.14977
Tonetto, L. da S., Sampaio, S. V., Pivetta, H. M. F., & Braz, M. M. (2016). Função sexual de idosas com incontinência urinária. Revista Kairós Gerontologia, 19(4), 305–318.
Wolpe, R. E., Zomkowski, K., Silva, F. P., Queiroz, A. P. A., & Sperandio, F. F. (2017). Prevalence of female sexual dysfunction in Brazil: A systematic review. European Journal of Obstetrics and Gynecology and Reproductive Biology, 211, 26–32. https://doi.org/10.1016/j.ejogrb.2017.01.018
Wu, X., Zheng, X., Yi, X., Lai, P., & Lan, Y. (2021). Electromyographic biofeedback for stress urinary incontinence or pelvic floor dysfunction in women: A systematic review and meta-analysis. Advances in Therapy, 38(8), 4163–4177. https://doi.org/10.1007/s12325-021-01831-6
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Maria Ederlane de Jesus Santos, Ananda Almeida Santana Ribeiro, Ana Karoliny Silva de Lima, Rita de Cácia Rodrigues dos Santos, Mayara Pereira Santos Souza
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Esta revista publica seus artigos em Acesso Aberto sob licença Creative Commons (CC BY 4.0).
Você é livre para:
Compartilhar — copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato para qualquer finalidade, inclusive comercial.
Adaptar – remixar, transformar e desenvolver o material para qualquer finalidade, até mesmo comercial.
O licenciante não pode revogar essas liberdades desde que você siga os termos da licença.
Nos seguintes termos:
Atribuição — Você deve dar o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se foram feitas alterações. Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de forma que sugira que o licenciante endossa você ou seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos legais ou medidas tecnológicas que restrinjam legalmente outras pessoas de fazerem qualquer coisa que a licença permita.
Avisos:
Você não precisa cumprir a licença para elementos do material de domínio público ou onde seu uso for permitido por uma exceção ou limitação aplicável.
Nenhuma garantia é dada. A licença pode não conceder todas as permissões necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, como publicidade, privacidade ou direitos morais, podem limitar a forma como você utiliza o material.