O gênero do educar: uma análise antropológica do fenômeno de “feminização” da docência na sociedade brasileira
DOI:
https://doi.org/10.58951/dataset.2024.015Palavras-chave:
Feminização da docência, Antropologia histórico-culturalista, EscolaResumo
Este artigo tem como proposta central discutir o processo histórico de “feminização” da docência, a partir de instrumentos teóricos da antropologia culturalista. As discussões e diálogos elencados são constitutivos de um procedimento de análise sociológica que visa privilegiar a história e a cultura, como chaves conceituais. Dessa forma, o debate em torno do gênero do escolar e da docência repercute em transformações, relativas à sociedade brasileira, em sintonia com um tipo específico de instituição. Esse exercício ocorre através da observação de seus padrões culturais e sistemas de símbolos, em interface com os paradigmas da relação indivíduo e sociedade. Em uma sociedade marcada, historicamente, pelo patriarcado, o objetivo desse trabalho é, também, questionar sobre a agência desempenhada por essas mulheres professoras e suas interfaces com a esfera pública da sociedade brasileira, ao longo do tempo. As continuidades e descontinuidades desse fenômeno são mensurados, portanto, a partir de complexidades estruturais, conjunturais e por agências de sujeitos, contextualmente localizados.
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