Detecção de favelas no Rio de Janeiro por meio de imagens de satélite
DOI:
https://doi.org/10.58951/dataset.2024.019Palavras-chave:
Favelas, Direitos humanos, ODS 11, Imagens de satélite, Dados abertos, Aprendizado de máquina, Aprendizado supervisionadoResumo
Segundo a ONU-Habitat, mais de um bilhão de pessoas vivem em assentamentos informais no mundo, das quais 200 milhões estão localizadas na África e outras 100 milhões na América Latina, principalmente em países como Brasil, México, Colômbia, Peru e Argentina. Na cidade do Rio de Janeiro, há 1.074 favelas, onde vivem 22% da população, tornando-se o município brasileiro com o maior percentual de pessoas vivendo em favelas. A garantia dos direitos humanos na forma de acesso a serviços essenciais das populações vivendo nesses assentamentos, por meio de programas e políticas públicas, depende de dados oportunos e confiáveis. No entanto, apesar de passarem décadas estabelecendo seus sistemas estatísticos nacionais, geralmente baseados em coleta de dados diretamente com indivíduos, na maioria dos países, os dados produzidos de forma tradicional não retratam de forma oportuna a dinâmica dessas populações. Como alternativa, usamos imagens de satélite gratuitas em combinação com aprendizado de máquina e aprendizado profundo para identificar a expansão ou retração de favelas na cidade do Rio de Janeiro. Utilizando as métrica IoU e F1, foram comparados oito modelos de classificação, dentre os quais dois se destacaram por seu desempenho: GradientBoost e XGBoost.
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