A teoria da objetivação no ensino de ciências na pós-graduação stricto sensu brasileira: mapeamento de teses de 2019 a 2023
DOI:
https://doi.org/10.58951/dataset.2024.035Palavras-chave:
Teoria da Objetivação, Ensino de Ciências, Formação de Professores, Revisão sistemáticaResumo
Esse estudo tem como objetivo mapear, por meio de uma revisão sistemática, as pesquisas realizadas na pós-graduação stricto sensu brasileira (teses) acerca da Teoria da Objetivação (TO) no ensino de ciências de 2019 a 2023. A revisão foi conduzida na plataforma da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), resultando inicialmente em 21 teses, das quais apenas duas tratavam da relação entre a TO e o Ensino de Ciências. Ambas realizaram pesquisa-ação, são oriundas de universidades federais do centro-oeste brasileiro e trabalharam com a formação de professores. Nas pesquisas observou-se que esse método de ensino impacta positivamente a postura crítica dos professores em relação à sua prática pedagógica e ao sistema de ensino, além de promover mudanças na forma de planejar e desenvolver as aulas de ciências a partir do labor conjunto com os alunos, apresentando-se como uma experiência diferenciada e motivadora no ensino de ciências. Contudo, há uma lacuna significativa de estudos sobre a aplicação da Teoria da Objetivação no ensino de ciências. Pesquisas futuras podem explorar essa abordagem em diferentes regiões, níveis de ensino e com metodologias variadas, ampliando a compreensão de seu impacto na formação e prática docente em ciências.
Referências
Camargo, F. & Daros, T. (2018). A sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas para fomentar o aprendizado ativo. Porto Alegre: Penso. 144 p.
Camilotti, D. C., & Gobara, S. T. (2021). Formação continuada e permanente de professores: emancipação coletiva das práticas pedagógicas alienantes. REMATEC, 16(39), 01–18. https://doi.org/10.37084/REMATEC.1980-3141.2021.n39.p01-18.id493 DOI: https://doi.org/10.37084/REMATEC.1980-3141.2021.n39.p01-18.id493
Chassot, A. I. (2017). Formação de professores no ensino de Ciências e Matemática. (2017). Eventos Pedagógicos, 8(1), 10-31. https://doi.org/10.30681/reps.v8i1.9887 DOI: https://doi.org/10.30681/reps.v8i1.9887
Freire, P. (2016). Pedagogia da solidariedade. São Paulo: Paz & Terra. 144 p. DOI: https://doi.org/10.4324/9781315422817
Gobara, S. T., & Santos, G. da R. (2024). O ensino de ciências à luz da Teoria da Objetivação: a ética comunitária como alternativa para a sala de aula. PARADIGMA, 45(2), e2024005. https://doi.org/10.37618/paradigma.1011-2251.2024.e2024005.id1578 DOI: https://doi.org/10.37618/PARADIGMA.1011-2251.2024.e2024005.id1578
Gobara, S. T. & Radford, L. (2020). Teoria da objetivação: fundamentos e aplicações para o ensino e aprendizagem de Ciências e matemática. São Paulo: Editora Livraria da Física. 293 p.
Gobara, S. T.; Silva, R. C. da, & Vargas Plaça, J. S. (2019). A Teoria da Objetivação: novas perspectivas para o ensino e aprendizagem de física. Revista EDUCAmazônia -Educação Sociedade e Meio Ambiente, 23(22), 47-69.
Hegel, G. W. F. (1977). Hegel's phenomenology of spirit. Oxford: Oxford University Press. 640 p.
Kitchenham, B. (2004). Procedures for performing systematic reviews. Keele, UK, Keele University, 33(2004), 1-26.
Moda, S. C. (2017). O ensino da ciência e experiência visual do surdo: o uso da linguagem imagética no processo de aprendizagem de conceitos científicos. Dissertação de Mestrado em Educação em Ciências na Amazônia. Universidade do Estado do Amazonas, Manaus. 146 p. Disponível em: http://repositorioinstitucional.uea.edu.br/handle/riuea/2477.
Morey, B. B., & Nascimento, V. L. do. (2020). Historia de las matemáticas en la educación matemática. PARADIGMA, 180–196. https://doi.org/10.37618/PARADIGMA.1011-2251.2020.p180-196.id837 DOI: https://doi.org/10.37618/PARADIGMA.1011-2251.2020.p180-196.id837
Pedroso, A. P. (2021). Experiência docente e a teoria da objetivação: Reflexões para a formação de professores que ensinam matemática. Revista de Educação da Universidade Federal do Vale do São Francisco, 11(24), 467-490.
Radford, L. (2017). A Teoria da Objetivação e seu lugar na pesquisa sociocultural em educação matemática. In: Moretti, V. D; Cedro, W. L. (Org.). Educação matemática e a teoria histórico-cultural: um olhar sobre as pesquisas. Campinas: Mercado das Letras. p. 229-261.
Radford, L. (2020). ¿Cómo sería una actividad de enseñanza-aprendizaje que busca ser emancipadora? La labor conjunta en la teoría de la objetivación. Revista Colombiana de Matemática Educativa (RECME), 5(2), 15-31. DOI: https://doi.org/10.37084/REMATEC.1980-3141.2020.n16.p27-42.id306
Radford, L. (2021). The theory of objectification: A Vygotskian perspective on knowing and becoming in mathematics teaching and learning. Brill/Sense: Leiden, The Netherlands. https://doi.org/10.1163/9789004459663 DOI: https://doi.org/10.1163/9789004459663
Santana, R. S.; Capecchi, M. C. V. de M. & Franzolin, F. (2018). O ensino de ciências por investigação nos anos iniciais: possibilidades na implementação de atividades investigativas. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, 17(3), 686-710.
Santos, M. J. C. dos, & Almeida Neto, C. A. de. (2021). Teoria da Objetivação: reflexões sobre o engajamento nas aulas de matemática para uma aprendizagem colaborativa. REMATEC, 16(39), 101–118. https://doi.org/10.37084/REMATEC.1980-3141.2021.n39.p101-118.id490 DOI: https://doi.org/10.37084/REMATEC.1980-3141.2021.n39.p101-118.id490
Santos, W. L. P. dos. (2007). Educação científica na perspectiva de letramento como prática social: funções, princípios e desafios. Revista Brasileira de Educação, 12(36), 474–492. https://doi.org/10.1590/S1413-24782007000300007 DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-24782007000300007
Sasseron, L. H., & de Carvalho, A. M. P. (2016). Alfabetização científica: uma revisão bibliográfica. Investigações em Ensino de Ciências, 16(1), 59–77.
Vargas Plaça, J. S., & Gobara, S. T. (2024). Práticas inclusivas na perspectiva da Teoria da Objetivação: Contribuições para a inclusão educacional. Revista Ensino em Debate, 2, e2024037. https://doi.org/10.21439/2965-6753.v2.e2024037 DOI: https://doi.org/10.21439/2965-6753.v2.e2024037
Vargas-Plaça, J. S., & Radford, L. (2023). Teoria da objetivação: um foco na produção de subjetividades. Revista Venezolana de Investigación en Educación Matemática, 3(3), 1–17. https://doi.org/10.54541/reviem.v3i3.71 DOI: https://doi.org/10.54541/reviem.v3i3.71
Viecheneski, J. P.; Lorenzetti, L. & Carletto, M. R. (2015). A alfabetização científica nos anos iniciais: uma análise dos trabalhos apresentados nos ENPECs. In: Anais do X Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – X ENPEC, Águas de Lindóia, 1-9.
Vygotski, L. S. (1929). II. The problem of the cultural development of the child. The Pedagogical Seminary and Journal of Genetic Psychology, 36(3), 415–434. https://doi.org/10.1080/08856559.1929.10532201 DOI: https://doi.org/10.1080/08856559.1929.10532201
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Patricia Campêlo do Amaral Façanha, Solonildo Almeida da Silva, Auzuir Ripardo de Alexandria
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Esta revista publica seus artigos em Acesso Aberto sob licença Creative Commons (CC BY 4.0).
Você é livre para:
Compartilhar — copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato para qualquer finalidade, inclusive comercial.
Adaptar – remixar, transformar e desenvolver o material para qualquer finalidade, até mesmo comercial.
O licenciante não pode revogar essas liberdades desde que você siga os termos da licença.
Nos seguintes termos:
Atribuição — Você deve dar o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se foram feitas alterações. Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de forma que sugira que o licenciante endossa você ou seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos legais ou medidas tecnológicas que restrinjam legalmente outras pessoas de fazerem qualquer coisa que a licença permita.
Avisos:
Você não precisa cumprir a licença para elementos do material de domínio público ou onde seu uso for permitido por uma exceção ou limitação aplicável.
Nenhuma garantia é dada. A licença pode não conceder todas as permissões necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, como publicidade, privacidade ou direitos morais, podem limitar a forma como você utiliza o material.