Fechamento cirúrgico do forame oval patente na prevenção de acidente vascular cerebral isquêmico recorrente em casos de acidente vascular cerebral isquêmico criptogênico: uma revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.58951/dataset.2024.024Palavras-chave:
Forame oval patente, Cirurgia, AVC criptogênico, AVC isquêmico, AntitrombóticosResumo
O forame oval patente (FOP) é caracterizado pelo não fechamento do orifício que comunica os átrios durante a vida fetal. Esse tipo de anomalia cardíaca pode contribuir para a circulação de trombos no sistema sanguíneo, o que pode, consequentemente, causar um acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) criptogênico. Para tais pacientes, é indicado tanto a terapia antitrombótica (TAT) quanto o fechamento cirúrgico do FOP (FCFOP). O objetivo desse estudo é avaliar a eficácia do FCFOP, comparado à TAT, na prevenção de AVCI recorrente em pacientes com FOP que sofreram AVCI criptogênico. Para isso, foram analisados estudos de coorte revisões sistemáticas e ensaios clínicos publicados nos últimos 10 anos na base de dados MedLine, utilizando descritores “Patent foramen ovale”, “Cryptogenic stroke” e “Antiplatelets”. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, quatro estudos foram incluídos na análise. Os resultados dos estudos selecionados indicam que há divergências quanto à eficácia do FCFOP na redução do risco AVCI recorrente, em comparação à TAT, para os pacientes considerados. Contudo, essa redução se mostra mais significativa (p<0.05) ao considerar subgrupos de pacientes com shunt largo e aneurisma do septo interatrial (ASI). Esses fatores, conforme a literatura prévia, estão associados à recorrência de AVCI criptogênico, o que pode ter contribuído para a maior eficácia do FCFOP nesses pacientes. Conclui-se que o FCFOP apresentou maior eficácia na prevenção de AVCI recorrente, em comparação à TAT, em pacientes com shunt largo ou ASI, portanto, tende a ser mais indicado para esses pacientes.
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